sábado, 23 de agosto de 2014

Tu
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Aqui

Estou sempre por aqui.
Às vezes me leio
Às vezes me vejo.
Nem sempre escrevo.

Mas a arte de me "ver"
...essa eu treino bastante.

Beijos!

domingo, 29 de abril de 2012

Já é Tarde... Já é tarde! Não há mais tempo para se protelar atitudes novas. Já é tarde! Perdeu-se muito do tempo disponível com as explanações e análises muito mais próximas da defesa de cada idéia do que da honesta medição de valores essenciais. Num jogo de papéis atribuem-se poderes e sabedoria, estabelecem-se regras, organizam-se posturas... E desenvolve-se a sociedade. Perde-se precioso tempo e a mais preciosa oportunidade cuidando do envoltório, relegando-se a segundo plano o conteúdo. Mais uma vez aprimoram-se na apresentação do frasco para só depois atentarem para a sutileza do perfume. Comparo ao frasco a apresentação da sociedade cada vez mais complexa, dinâmica até, porém cada vez mais distante do olhar sensível, necessário para que se torne mais fraterna, mais "humana". O perfume que se encontra dentro deste frasco aguarda um olfato mais apurado para ser descoberto. São todas as criaturas agentes nesta sociedade o perfume bruto, a essência a ser manipulada. O olfato apurado é nossa consciência que necessita ser despertada. Mas muito tempo já foi perdido nessa espera inerte e improdutiva. É momento de agir: despir-se de tantas cobranças inúteis, desvincular-se de tantos padrões massacrantes, desligar-se de tão equivocados valores... Enfim... Abrir-se para as verdades da alma que são baseadas na honestidade dos sentimentos, na despreocupação com os julgamentos alheios, na busca sincera do respeito e da simplicidade nas relações. Para tal mudança, é necessário desviar o foco da "apresentação externa" para dirigi-lo com franqueza à "essência interna" daqueles que constroem essa sociedade e atribuir verdadeiros valores determinando aquilo que é supérfluo e aquilo que é essencial: convenções e atitudes; cobranças e responsabilidades; conforto e construção própria; competição e progresso; ordem e harmonia; egoísmo e liberdade; relatividade e eternidade; convivência e felicidade; medo e respeito; posse e amor; dependência e auxílio; relacionamentos e convivência equilibrada; ... o dispensável e o básico imutável.

domingo, 22 de abril de 2012


Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.